Sexta Lição - 05 de
agosto – A oração no Novo Testamento – Os ensinos de Jesus Cristo
a)
Mt 6:5-15 – A oração
pessoal e íntima
Nosso Senhor condenou todo tipo de exibicionismo na oração.
Ela é assunto entre nós e Deus, assim, tudo que fizermos ‘para ser vistos pelos homens’ é um elemento estranho. Esse
exibicionismo costuma aparecer de várias formas, por meio de palavras e
discursos impressionantes, por meio de posturas e gestos, por um tom de voz
forçado, etc. É especialmente reprovável, quando alguém se utiliza da oração pública
para tentar impressionar as pessoas com a sua espiritualidade ou o seu
conhecimento. O teste da espiritualidade verdadeira é aquela vida de oração que
acontece somente entre a pessoa e Deus. Se Deus é Aquele a quem falamos na
oração, se Ele nos vê e ouve a todo tempo e todo lugar, ninguém precisa saber o
quanto oramos, e nossa sinceridade é provada quando escondemos dos outros o
tamanho da nossa devoção.
b)
Mt 21:18-22 – A oração
com fé
“A porta está fechada para a oração, a não ser que seja
aberta com a chave da fé”[1].
“Deus não presta atenção à pompa das palavras ou à variedade de expressões, mas
à sinceridade e à devoção do coração. A chave abre a porta não porque é
dourada, mas porque se encaixa na fechadura. Não dê importância à quantidade de
suas orações, isto é, à duração ou ao número delas. Estas coisas nada valem
diante de Deus, que não conta, mas pesa as orações”. De fato a fé não é somente
o poder para grandes feitos em oração, mas o requisito mínimo para começarmos a
orar: sem fé é impossível agradar [a
Deus]; porque é necessário que aquele
que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o
buscam (Hb 11:6).
c)
Mc 9:14-24 – A oração
impossível
“A oração pode fazer qualquer coisa que Deus pode fazer”,
pois o poder não está no crente que ora, mas no Deus a quem ele ora. Para esse
Deus, nada é impossível (Lc 1:37),
portanto também na oração tudo é
possível ao que crê nesse Deus (Mc
9:23). Entretanto essa maravilhosa verdade será inútil se for pervertida
para um tipo de religião pretensiosa e triunfalista. Gostamos da declaração da
capacidade de Deus, mas esquecemos que ela vem num contexto de confissão da
incapacidade do homem. Sim, Deus estende Sua Graça, mas a prioridade é para
aqueles que confessam: Eu creio, Senhor!
ajuda a minha incredulidade (Mc 9:24), e reconhecem que sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15:6). Erra completamente o alvo aquele que
pensa que a fé é um poder natural que ele precisa desenvolver de seu interior.
Não, a fé não vem de vós, é dom de Deus
(Ef 2:8). Por isso que devemos pedir: acrescenta-nos
a fé (Lc 17:5).
d)
Lc 18:1-8 – A oração
persistente
“Devemos
ficar contentes com o fato de Deus fazer-nos esperar pela misericórdia. Grande
parte de nossa santificação consiste em esperar uma resposta às nossas
orações.” Esperar e insistir é ato de adoração dos mais puros, pois com isso
dizemos a Deus que nossa esperança está unicamente nEle, e só Ele tem todo o
poder e autoridade para resolver a nossa questão. Assim como os olhos dos servos atentam para as mãos dos seus senhores,
e os olhos da serva para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam
para o SENHOR nosso Deus, até que tenha piedade de nós. (Sl 123:2)
e)
Lc 21:34-38 – A oração
vigilante
Nosso
Senhor disse "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito,
na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." (Marcos 14 : 38). Oração vigilante é aquela
que está atenta a qualquer fraqueza ou possibilidade de pecado e queda. É
necessário lembrar que o crente, ainda que convertido, vive em constante luta
do Espírito contra a carne, daí que, se ele interromper a comunhão com o
Espírito Santo, deixando de orar, inevitavelmente a carne vai crescer em poder
pecaminoso na sua vida.
f)
Jo 16:7-13 – A oração no
Espírito
“As
verdadeiras orações são como pombos-correios que encontram seu caminho com
extrema facilidade; elas não podem deixar de ir para o céu, pois é do céu que
procedem; elas estão apenas voltando para o lugar de onde vieram. A oração vem
de Deus e... o tempo todo ele nos está treinando para orarmos. A oração movida
pelo Espírito Santo é o som dos passos dos decretos divinos.” Quanto mais
humildade teríamos se sempre lembrássemos que a própria capacidade de orar vem do
Espírito Santo, quão maior gratidão também teríamos a Deus, por Ele não nos
deixar esquecer dEle, mas nos atrair a Si em todo o tempo!!!
Sétima Lição – 12 de
agosto - A oração no Novo Testamento – Os ensinos de Paulo
a)
Rm 8:31-39 – Uma oração
de vitória
Paulo tinha acabado de
declarar o favor do Pai, e as intercessões do Filho e do Espírito pelos
escolhidos de Deus. Ora, que reação pode ele ter a não ser de exultação
triunfante na invencibilidade do Deus Triúno? Tudo que Ele planejou se
cumprirá, Sua salvação não pode ser perdida e mesmo todo o mal contribuirá para
o bem dos que Lhe amam. Tal deve ser um modelo de espírito confiante nas nossas
orações, olhando para os planos eternos, infalíveis e invencíveis de Deus a
favor do Seu povo.
b)
Rm 11:33-36 – Uma oração
de adoração
Adorar a Deus é
reconhecer tudo que Ele é e faz. Os atributos invocados nessa oração são
essenciais, até para que qualquer oração faça sentido: dEle e por Ele, e para Ele, são todas as coisas. Por isso que podemos pedir tudo a Ele, e
esperar tudo dEle. Pois Deus é o
dono de tudo, o sustentador de tudo e o alvo de tudo. Podemos olhar para
qualquer direção deste mundo e encontrar motivos para agradecer ou interceder,
pois o nosso Deus controla tudo que está à nossa volta, e tem poder para mudar
tudo, e é o responsável por tudo. Glória
pois a Ele eternamente, da parte de todos os que já entendem isso!
c)
1Co 1:4-9 – Uma oração de
gratidão
“O cristão está indeciso
entre bênçãos recebidas e bênçãos esperadas; portanto, ele deve sempre dar
graças.” Agradecimento é reconhecimento, retribuição, elogio, tributo. É o
transbordar da alegria de enxergar as bênçãos dadas por Deus, e a Sua
misericórdia sobre nós. O crente que não viver em agradecimento, certamente
perde muito do brilho na sua vida cristã, pois fica fora de sintonia com o
Espírito Santo, que tem como um dos seus frutos a alegria (Gl 5:22).
d)
2Co 1:3-11 – Uma oração
de consolo
Aquele
mesmo Espírito Santo que nos leva a orar, irá nos fazer pronunciar uma oração
de consolo aos nossos próximos que estiverem sofrendo. Ele, o Espírito Santo, é
o Consolador disponível para nós, e por Sua graça, nos fará pedir o que Ele
quer dar: o consolo que vem da confiança na soberania e sabedoria de Deus sobre
nossas vidas. Fazer uma oração de consolo, muitas vezes é agir como um
sacerdote daqueles que estão sofrendo, os quais, em virtude da dor, não tem
forças nem para se dirigir a Deus.
e)
Ef 3:14-21 – Uma oração
de intercessão
Somos ordenados por Deus:
Orai sem cessar (1Ts 5:17), confessai as
vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis (Tg
5:16). Enquanto estamos orando pelos
nossos irmãos, o Reino de Deus avança, quando cansamos de orar, somos abatidos
pelo inimigo: E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia;
mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia. (Ex 17:11). Assim, Deus
determinou que o começo de nossa vitória ou derrota como igreja acontece na
prática de oração que devemos ter uns pelos outros. Certamente Ele fez assim
para que toda a glória seja somente dAquele a quem suplicamos, e cujo poder
invocamos, e em cujo Nome esperamos.
Oitava Lição
– 19 de agosto – Os ensinos dos apóstolos
a)
Hb 10:19-25 –
Como chegar à oração
O acesso a Deus está aberto somente para seus
verdadeiros adoradores. E verdadeira adoração somente acontece por meio do novo e vivo caminho, o Senhor Jesus
Cristo. Fora dEle não há nenhuma expectativa de sermos recebidos por Deus,
muito menos termos nossas orações atendidas. Por isso que oramos em nome de
Jesus, esse nome que está acima de todo nome.
b)
Tg 5:7-20 – A
oração pode muito em seus efeitos
Elias é citado como homem igual a nós, sujeito às
mesmas paixões, mas que obteve grandes feitos em oração. Não devemos nos
intimidar pelos personagens bíblicos serem profetas e apóstolos, no sentido de
que não podemos ver maravilhas tais quais eles viram, pois quem faz diferença é
o Deus Todo-Poderoso a quem oramos, o qual é mesmo ontem, hoje e eternamente.
c)
2Pe 2:1-10 –
Cultivando um espírito de oração
“Embora a alma piedosa sempre deseje mais de
Deus, ela nunca deseja mais do que Deus. Um período de tempo diário adequado
para esperar em Deus... é a única maneira pela qual posso escapar da tirania
das coisas urgentes. Devemos gastar as melhores horas do dia em comunhão com
Deus. É a nossa ocupação mais nobre e mais frutífera, e não deve ser colocada
em segundo plano. Se gastarmos dezesseis horas por dia em contato com coisas
desta vida e apenas cinco minutos por dia em contato com Deus, será de admirar
que as coisas desta vida sejam para nós duzentas vezes mais reais do que Deus?”
d)
1Jo 5:14-21 –
Orando com confiança e segurança.
Isto é, sabemos que certamente receberemos, quando oramos sobre
algo que Deus já disse ser a Sua vontade fazer para nós. Mas a pergunta que
deve ser feita é: VOCÊ QUER O QUE DEUS QUER? Nós somente pedimos conforme a
vontade de Deus quando nos submetemos a Ele. Um exemplo é “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais
da prostituição” – 1Ts 4:3 – uma vez que Deus quer que nos santifiquemos,
as orações que fizermos com esse objetivo serão atendidas, e tanto
receberemos a força para nos santificar, quanto saberemos que a santidade de
Deus prevalecerá em nossa vida ao final. Entretanto, se não queremos ser
santos, não pediremos isso, nem tampouco seremos atendidos em nossos pedidos
pecaminosos – Pedis, e não recebeis,
porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. - Tg 4:3.
e)
Jd 20-25 –
Orar com verdadeira unção espiritual
Os crentes são exortados a permanecerem “edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no
Espírito Santo,” o que nos sugere que, mais do que um meio de obter
resultados, a oração é uma obra do Espírito Santo para nossa edificação. Ela
faz parte do caráter dos filhos de Deus, que o Senhor está edificando em nós
pelo poder do Seu Espírito. Assim, a “oração é
um instrumento poderoso não para fazer com que a vontade do homem seja feita no
céu, mas para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra”.
Nona Lição – 26 de agosto
– A oração após os tempos bíblicos
a)
Sl 4:1-8 – Um perfil do
homem de oração.
Deus tem requisitos, mas não esquecemos que Ele nunca está longe dos Seus
filhos. A distância entre nós e Ele é o dobrar dos joelhos. “Deus não se curvou
à nossa pressa nervosa, nem adotou os métodos de nossa era mecânica. O homem
que deseja conhecer a Deus precisa dedicar-lhe tempo.”
b)
Sl 17:1-15 – Como ficar
em condições de orar
Devemos
considerar a Deus mesmo nossa herança, e a comunhão com Ele, o salário da nossa
oração.
Uma alma sequiosa por Deus, que tem fome e sede do Deus vivo, há de
achá-Lo, no dia em que verdadeiramente amar ao Criador do mundo mais do que
todas as coisas que há no mundo.
c)
Sl 19:1-14 – Uma
avaliação necessária
Só Deus pode sondar o
nosso coração sem distorções. Devemos pedir isso a Ele na oração, ainda que
seja doloroso enxergar nossos pecados. Ninguém que sinceramente peça a Deus
para lhe mostrar seus erros deixará de obter resposta rápida. Faz parte das
características da oração servir como um espelho de Deus para nos mostrar quem
realmente somos. Será por isso que passamos tão pouco tempo em oração? Porque
não queremos saber a verdade a respeito dos nossos pecados?
d)
Sl 38:1-22 – Um pecador
arrependido
Aqui o salmista
reconhece: Não há coisa sã na minha
carne, por causa da tua cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu
pecado. É melhor dizer que nossa dor vem de um castigo de Deus, do que
ficar isentando Aquele que tem toda a autoridade no céu e na terra. Sim, Deus é
quem permite males virem à nossa vida, e dizer isso em oração não é pecado, mas
fé. Porque eu creio que Ele tem todo o poder, é que posso lamentar por meus
sofrimentos, porque eu creio que Ele está irado comigo, é que posso ter esperança
de restauração. Se Deus não estivesse no controle do mal que vem à nossa vida,
não adiantaria orar a Ele. Mas porque Ele está no controle de todas as coisas,
essa não é uma oração inútil, mas cheia de sentido e esperança, porque o Senhor
é um Deus cheio de compaixão, e piedoso,
sofredor, e grande em benignidade e em verdade (Sl 86:15)!
e)
Sl 62:1-12 – Um apelo ao nosso
íntimo.
“Se você ama a Deus, não pode ficar sem saber o que lhe dizer,
algo que seu coração tenha a derramar diante dele, algo que a graça dele já
havia colocado lá dentro.”
PRIMEIRA IGREJA BATISTA
DA FAZENDA BOTAFOGO
ESCOLA BÍBLICA – 3TRI2012
- DOUTRINA BÍBLICA DA ORAÇÃO
[1] Todas
as citações extrabíblicas são do livro Pérolas para a Vida, de John Blanchard,
Editora Fiel.
As citações bíblicas são da Versão Almeida Corrigida Fiel (ACF)
da Sociedade Biblica Trinitariana.