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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Doutrina Bíblica da Oração - Atos dos Apóstolos



Décima Lição – 02 de setembro – Perseveravam nas orações.

a) At 2:41-47 – O porquê perseverar na oração.
A oração coletiva da igreja deve fazer parte do respirar desta. Ela é o sinal de vida do corpo de Cristo no mundo. Aqueles crentes, reunidos pela primeira vez sob a plenitude do poder espiritual da Nova Aliança, “mantiveram-se perto das ordenanças santas e [por isso] abundaram em piedade e devoção; porque o cristianismo, uma vez que se admite em seu poder, dispõe a alma à comunhão com Deus em todas essas formas estabelecidas para que nos encontremos com Ele, e em que tem prometido reunir-se conosco”[1].


b) At 4:32-37 – A obtenção da abundante graça
Crer em conjunto impele para orar em conjunto[2]. Poucas coisas medem tão bem a união da Igreja quanto a sua unidade na oração. Esta levará à gradual concordância nas demais coisas. O fato deles ‘unânimes [levantarem] a voz a Deus’ (At 4:24), está intimamente ligado à conseqüência de ser “um o coração e a alma da multidão dos que criam” (At 4:32). Nessa intenção, Paulo também orou: “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. (Rm 15:5,6)”


c) At 6:1-7 – Um gesto e uma atitude
Os apóstolos decidiram delegar a função de distribuir alimentos para outros crentes, pois sentiam que precisavam se dedicar à oração e ao ministério da palavra (At 6:4). “Deveríamos ouvir de forma nova o que os apóstolos expressam com tanta clareza e determinação. Em primeiro lugar citam a necessidade da oração! (...) Será que a flagrante impotência de nossa igreja não tem como raiz o fato de que nossos ministros não conseguem mais “perseverar na oração” por causa de tantas sobrecargas?”[3]


d) At 10:9-23 – A disciplina para orar
Pedro é hóspede na casa dos seus irmãos, mas ainda assim precisa separar um tempo a sós para passar aquela manhã em oração (At 10:9). Certamente, fazia isso para preservar um costume que já tinha desenvolvido, tal como Daniel, que tinha os seus três horários de oração no dia (Dn 6:10), e o salmista que tinha sete horários (Sl 119:164), e Davi, que se apresentava a Deus a cada manhã (Sl 5:3). É melhor desenvolver uma disciplina tal como esta, do que deixarmos a oração apenas para os momentos em que sentirmos vontade, pois assim seremos induzidos a manter acesa a chama da oração, ainda que em fraqueza espiritual, e poderemos começar a obedecer a ordem: orai sem cessar (1Ts 5:17).


e) At 13:1-3 – Uma oração proativa
A igreja de Antioquia ouviu a voz do Espírito Santo chamando os seus missionários enquanto estava cultuando a Deus com jejuns. Mais jejuns e orações se seguiram para consagrar Paulo e Barnabé e enviá-los ao campo. Nisto vemos uma igreja que, ao buscar a Deus com afinco, recebe dEle as orientações que precisa. O jejum aparece tanto como prática normal daquela igreja, quanto no momento especial de envio dos missionários. Assim, a prática da consagração para um melhor discernimento espiritual é enfatizada, principalmente no tocante à solene missão de preparar ministros para a obra, pois igreja, ao mesmo tempo que tem o dever de enviar pregadores (Rm 10:15) deve fazê-lo sem impor precipitadamente as mãos a ninguém (1Tm 5:22).


f) At 15:6-11 – Recebendo o Espírito Santo de Deus
Durante o testemunho de Pedro, temos a maravilhosa descrição de como Deus salva pessoas de qualquer povo pela graça do Senhor Jesus Cristo (At 15:11), quando purifica os seus corações pela fé e lheso Seu Espírito Santo (At 15:9,10). Em nossos dias a doutrina da presença do Espírito Santo no crente se encontra nublada, por uma ênfase exagerada nas obras de sinais e maravilhas que o Espírito Santo opera, ênfase esta que faz muitos duvidarem da presença do Espírito Santo em si, se não obtiverem experiências extraordinárias. Devemos reequilibrar essa doutrina reconhecendo que em todo crente que foi salvo pela graça de Cristo, e teve seu coração purificado pela fé, o Espírito Santo já habita, pois ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo (1Co 12:3). E nós, sendo maus, sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (Lc 11:13). Assim, podemos confiar que Deus realmente já deu o Espírito Santo àqueles que obedecem a Jesus Cristo (At 5:32), pois a pessoa recebe o Espírito Santo no mesmo dia em que crê em Cristo (Ef  1:13), sendo assim incluído no corpo dos salvos (1Co 12:13).


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Undécima Lição – 09 de setembro – Ao nome de Jesus se dobre todo joelho.

a) Lc 18:9-14 – A oração de confissão
“A oração do publicano estava cheia de humildade e de arrependimento pelo pecado, e desejo de Deus. Sua oração foi breve, mas com um objetivo: Deus, sê propício a mim, pecador. Bendito seja Deus, que temos registrada esta oração curta como oração respondida; e que temos a certeza de que aquele que a disse voltou justificado para casa; assim será conosco se orarmos como ele por meio de Jesus Cristo. Reconheceu-se pecador por natureza e costume, culpável diante de Deus. Não dependia de nada senão da misericórdia de Deus, somente nela confiava. É glória para Deus resistir ao soberbo e dar graça ao humilde. A justificação é de Deus em Cristo; portanto, o que se condena a si mesmo, não o que se justifica a si mesmo, é justificado ante Deus.”[4]

b) Lc 20:45-47 – A oração vaidosa ou de ostentação
“Os escribas receberam o juízo mais severo por enganar as viúvas pobres e por abusar da religião, em particular da oração, que usavam como pretexto para executar planos ímpios e mundanos. A piedade fingida é duplo pecado, então, roguemos a Deus que nos impeça o orgulho, a ambição, a cobiça e toda coisa má; e que nos ensine a buscar essa honra que somente vem dEle.”[5]

c) Ef 6:10-20 – A oração no Espírito
“A oração deve assegurar todas as outras partes de nossa armadura cristã. (...) Devemos usar pensamentos santos em nossa vida diária. O coração vão também será vão para orar. Devemos orar com toda classe de oração, pública, privada e secreta; social e solitária; solene e espontânea; com todas as partes da oração: confissão de pecado, petição de misericórdia e ação de graças pelos favores recebidos. E devemos fazê-lo pela graça de Deus Espírito Santo, dependendo de seu ensino e conforme com ele. (...) Devemos orar não só por nós, senão por todos os santos. Nossos inimigos são fortes e nós não temos força, mas nosso Redentor é todo-poderoso, e no poder de sua força podemos vencer. (...) Pensemos nessas coisas e continuemos orando com paciência.”[6]

d) Cl 1:9-20 – A oração de intercessão
“O que um apóstolo pede em favor de uma igreja? Que seja preservada de pressões, aflição e sofrimento? Nada disso aparece aqui. Paulo sabe que segundo Deus a trajetória de uma igreja de Jesus necessariamente passa por muitas tribulações (At 14.22; 1Ts 3.4). Contudo o apóstolo está preocupado com que a jovem igreja em Colossos não fique parada naquilo que ela já possui e é agora. (...) Deus tem muito mais coisas e coisas muito maiores! Paulo não conhece a auto-satisfação prematura e a falsa modéstia, que tão facilmente nos levam a nos contentar com inícios precários. (...) Deus tem para nós a plenitude, por isso Paulo também busca confiantemente essa plenitude para Colossos: “plenos de conhecimento” – “toda sabedoria” – “todo conhecimento” – “inteiro agrado” – “toda boa obra” – “todo poder” – esse é o modo “perfeccionista” com que Paulo ora! E sem sombra de dúvida ele leva essas preces a sério.  Porque assim como o evangelho é vivo, “frutificando” e “crescendo” (v. 6), assim também a igreja gerada por ele é um organismo vivo que não pode ficar parado, que não deve vegetar precariamente, mas ser capaz de “frutificar” e “crescer”.”[7]


e) 1Ts 3:1-3 – A oração de consolo
Paulo espera que ninguém se comova por estas tribulações, porque vós mesmos sabeis que para isto fomos ordenados (1Ts 3:3),  explicação esta que chama a atenção para um ponto negligenciando na nossa doutrina cristã, e que por conta disso, nos costuma deixar despreparado. É a verdade bíblica de que a todos os crentes estão ordenadas tribulações. Reparemos como a Palavra diz com certeza: no mundo tereis aflições (Jo 16:33), por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus (At 14:22), se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós (Jo 15:20). “Os apóstolos, longe de bajular a gente com a expectativa de prosperidade mundana na religião, lhes diziam claramente que deviam contar com os problemas da carne. Aqui seguiam o exemplo de seu grande Mestre, o Autor de nossa fé. os cristãos corriam perigo e era preciso adverti-los; assim seriam melhor resguardados para não ser comovidos com algumas artimanhas do tentador.”[8] No contexto, percebemos como o apóstolo se importava intensamente que a fé daqueles crentes não enfraquecesse, portanto diz: agora vivemos, se estais firmes no Senhor (1Ts 3:8). De um coração assim cuidadoso pelos seus irmãos, fluirão orações intensas, com todo o sentimento de expectativa pela resposta de Deus. Neste nível de comunhão, o bem de meu irmão é o meu bem; sua alegria, a minha alegria; sua vitória, a minha vitória; sua fé, a minha fé; sua vida, a minha vida.

PRIMEIRA IGREJA BATISTA DA FAZENDA BOTAFOGO
ESCOLA BÍBLICA – 3TRI2012 - DOUTRINA BÍBLICA DA ORAÇÃO – AULA COMPLEMENTAR MENSAL



[1] HENRY, M. Comentário Bíblico do NT.
[2]DE BOOR, W. Comentário Bíblico Esperança. Livro de Atos.
[3] DE BOOR, W. Comentário Bíblico Esperança. Livro de Atos.
[4] HENRY, Mathew. Comentário Bíblico do NT.
[5] Idem.
[6] Idem.
[7] DE BOOR, W. Comentário Bíblico Esperança. Carta aos Colossenses.
[8] HENRY, Mathew. Comentário Bíblico do NT.

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