
Assim não devemos classificar também nossas atividades e ações no mundo como santas ou seculares, sagradas ou “mundanas”, pois Jesus não é Senhor só de algumas coisas, mas Ele é dono de todo o tempo, espaço, coisas, atos e pessoas. Fazer distinção entre o secular e o santo é dizer que haja áreas da vida em que Ele não tenha domínio.
O culto racional não é algo que só aconteça num lugar ou num dia, mas é o oferecimento de toda a nossa vida a Deus.
E isto não significa afastar-se de tudo o que é comum para gastar todo o tempo da vida orando, louvando ou meditando na Palavra, mas sim transformar tudo o que é comum na nossa vida num ato contínuo de culto, que atravessará a morte para durar pela eternidade.
Ou seja, o trabalho, o estudo, as atividades domésticas, o repouso, todos os lazeres e prazeres, a arte, o conhecimento, até o papo furado com os amigos, tudo que fazemos deve ser para glória de Deus.
Todo o “comum” da vida pode ser santificado, porque Deus se manifestou em carne, e se aproximou da humanidade em Cristo. Antes de Deus vir como homem, haviam muitas regras de separação, para distinguir entre o santo e o profano. Mas desde então, por meio da fé em Cristo, e por Sua obra, todas as coisas são puras para os puros, já que Deus nos dá abundantemente todas as coisas para delas gozarmos.
Quando o crente se isola do mundo, está contradizendo o próprio Evangelho, em que Deus estava em Cristo reconciliando-se com o mundo, não imputando-lhe os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.
O crente, por sua salvação, é livre para amar e servir a Deus e ao próximo em todas as áreas da vida, pois tudo que existe pertence ao Deus que lhe salvou. Por isso a Palavra diz: tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus.
Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
(Sl 24:1;1Co 8:6;Rm 11:36;12:1;1Tm 3:16;Ez 44:23;Tt 1:15;1Tm 6:17;2Co 5:19;1Co 3:22,23;10:31)
Marcos Lopes (06/06/2004)
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