1Tm
1:1,2 – A meu verdadeiro filho na fé.
Na
Grande Comissão Cristo nos ordenou fazer
discípulos de todas as nações (Mt 28:20). Sendo
assim, uma relação de proximidade é estabelecida entre o crente e
cada pessoa que ele conduzir à fé em Cristo. Embora eles serão
discípulos de Cristo e não dos homens, sempre existirá essa
amizade preciosa entre o convertido, e o crente que
lhe
falou a
palavra de Deus, a fé do
qual ele imitará,
inevitavelmente
atentando para a sua maneira de viver (Hb 13:7). Esse
relacionamento então é um privilégio, mas também uma tremenda
responsabilidade, pois o Senhor disse: “Ai de quem escandalizar
um destes pequeninos, que crêem em mim”
(Mt 18:6-7).
1Tm
1:3-7 – Se entregaram a vãs contendas.
Timóteo
não é exortado a dialogar ou debater com os falsos mestres, mas a
fazê-los se calar. A voz da heresia deve ser silenciada na igreja.
Além disso, há certos tipos de debates que não edificam, à medida
que se prolongam, só servem para aumentar as dúvidas,
principalmente quando se debate coisas que não convém. Mas
que assunto convém debater na igreja? Aquele cuja conversação
promover o amor
de um coração puro, uma boa consciência e
uma
fé não fingida (1Tm
1:5).
1Tm
1:8-11 – A lei é boa, se alguém usa dela legitimamente.
Há
diferença entre pecado e crime. Pecado é todo ato contrário aos
mandamentos de Deus, e crime é um pecado que Deus ordena que a
sociedade deve punir. Assim todo crime é pecado, mas nem todo pecado
é crime. O uso legítimo da Lei é instruir a sociedade sobre que
atos são crimes que devem ser punidos pelo governo: a Lei de Deus
então condena, por exemplo, os
injustos, obstinados, ímpios, pecadores, profanos, irreligiosos,
parricidas, matricidas, homicidas, devassos, sodomitas, roubadores,
mentirosos, perjuros, e tudo
que for contrário à sã doutrina (1Tm 1:9,10).
Portanto, é
equivocado lançar fora todas as regulamentações civis da Lei de
Deus, conforme constam no Pentateuco, porque são elas quem vão
informar o que o governo da sociedade deveria punir e como. Não há
autoridade maior para estabelecer a justiça no mundo do que as
palavras que saíram da
boca de Deus,
pelas quais o
homem viverá (Mt 4:4).
1Tm
1:12-14 – Cristo Jesus me teve por fiel, pondo-me no ministério.
Tão
graves eram os pecados de Paulo, mas mesmo assim houve salvação e
nova vida para ele em Cristo. Como ele diz, isso é um exemplo de
esperança para os piores pecadores, que também podem ser redimidos
por Cristo.
Não há pessoa tão ruim que esteja fora do poder de Cristo para ser
salva. Ele promete: Todo
o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma
o lançarei fora (Jo 6:37), mesmo
que antes da conversão ele tenha sido um blasfemo,
e perseguidor, e injurioso (1Tm 1:13),
como Paulo foi, pois onde
o pecado abundou, superabundou a graça (Rm 5:20).
1Tm
1:15-17 - Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
A
salvação é pela
Graça,
não
vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2:8,9).
Ninguém pode merecer a salvação, se alguém merecesse, não
precisaria de Cristo, mas Ele não veio para os que pensam que são
justos, veio para chamar os
pecadores
ao arrependimento (Lc 5:32).
São esses, que podem
alcançar misericórdia e achar graça em
Cristo (Hb
4:16). Justamente
o exemplo de como Paulo pôde ser salvo por Cristo, com toda a
demonstração da longanimidade
(1Tm 1:16),
isto é, da paciência de Cristo durante o tempo que Paulo viveu no
pecado, é um estímulo a todos os pecadores para que venham a Cristo
e bebam
de graça da água da vida (Ap 22:17), porque
o
Seu jugo
é suave, e o
Seu fardo
é leve (Mt 11:30).
1Tm
1:18-20 - Entreguei a Satanás.
Isto
é, excluiu da igreja (como em 1Co
5:1-13
em especial o v. 5),
por causa da gravidade dos seus pecados de blasfemar, rejeitando a
boa consciência, ou seja, pecando incontidamente de forma
intencional. Confirmamos aqui que há um limite de tolerância da
igreja para que uma pessoa permaneça sendo considerada seu membro.
Mas ele diz esperar que eles aprendam,
portanto
a exclusão tem incluída a esperança de restauração, quando
o excluído se arrepender.
1Tm
2:1,2– Que se façam orações por todos os homens, pelos
reis, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada.
Deus
não quer que oremos somente pelas pessoas parecidas conosco, que
estão no mesmo nível, na mesma classe social. De forma alguma,
todos os tipos de homens devem ser alvo das nossas orações,
principalmente os governantes, pois por meio deles Deus pode nos dar
uma
vida quieta e sossegada, à
medida em que eles contribuírem para promover a justiça e a
segurança da nação em que vivemos.
1Tm
2:3-4 – Deus... quer que todos os homens se salvem.
A
ênfase aqui é a mesma do ensino sobre a oração. Assim como Deus
quer que oremos por todos os tipos de homens, assim também a oferta
da salvação deve ser proclamada a todos os tipos de homens, sejam
escravos, sejam livres, sejam trabalhadores, sejam governadores. Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado (Mc
16:15,16).
1Tm
2:5-7
– Um só mediador entre Deus e os homens.
Seja
governante como Davi ou governado como Natã, rico como Jó ou pobre
como Lázaro, religioso como Nicodemos ou publicano como Mateus,
todos que entrarem no Reino, entrarão pela única Porta, que é
Cristo. Debaixo
do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos (At 4:12). A
distância de Deus é a mesma para todos, porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3:23),
e a única maneira de superá-la é por meio de uma aliança com
Aquele que é o
caminho, e a verdade e a vida; pois
ninguém vai
ao Pai, senão por Ele
(Jo
14:6).
1Tm
2:8 – Quero que orem em todo lugar.
Que
belo testemunho é um cristão se levantar para orar em seu ambiente
de trabalho, em um restaurante, em praça pública, na rua, na
reunião de sua família... É uma bendita ousadia pelo Reino de
Deus, se fazer representante dos homens, e como
verdadeiro sacerdote, dar a Deus o louvor que todos deveriam estar
dando. Aproveitemos toda oportunidade, para a glória de Nosso Senhor
Jesus.
1Tm
2:9-10 – As mulheres se ataviem com pudor e modéstia.
Uma
vez que nosso corpo só pode ser usufruído por nosso cônjuge
(1Co 7:4),
não há nenhum lugar para a sensualidade na nossa vida, fora das
quatro paredes do matrimônio. Ser sensual em público é
característica dos que não
têm o Espírito (Jd 19).
A pessoa modesta não deseja chamar a atenção para si, nem se
destacar no meio da multidão. Provavelmente ao se cuidar da modéstia
primeiro, o problema do pudor será resolvido automaticamente. Um
coração simples e puro irá se manifestar numa aparência também
simples e pura. Mas se houver ostentação e malícia no modo de
vestir de alguém, com isso se demonstra que o coração também não
está em ordem. O cristão tem um enfeite melhor para usar, e muito
mais belo: as boas
obras que
pratica
(2Tm 2:10), as
quais levam aqueles que nos observam a glorificar a nosso Pai,
que está nos céus (Mt 5:16),
e a pensar
nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra (Cl 3:2).
1Tm
2:11-14 – Não permito que a mulher use de autoridade sobre o
marido.
Nenhuma
mudança cultural da nossa sociedade vai mudar a ordem estabelecida
por Deus, de que o marido deve ser o líder do seu lar, governando
sua esposa e seus filhos. Em coerência a este princípio, a igreja
em sua distribuição de ministérios deverá tomar o cuidado de não
colocar uma esposa para liderar, pregar ou ensinar o seu marido. Em
1Co
14
Paulo já tinha orientado algo semelhante, que as esposas dos
pregadores não deveriam se pronunciar na avaliação pública da
pregação (1Co
14:29-35).
Os motivos para essa restrição não são culturais, mas universais:
Adão
foi criado primeiro
que Eva,
e não
foi enganado
da maneira que Eva foi (1Tm
2:13,14).
Assim as esposas não devem inverter a ordem hierárquica dada por
Deus, nem por pretexto de ministério na igreja.
1Tm
2:15 - Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos.
Certamente
não está falando que as mulheres se salvam do Juízo Final pelo
fato de se tornarem mães. O que diz é que a dignidade das mulheres
foi vindicada no fato de que Deus quis trazer o Salvador ao mundo por
meio delas, no exercício da maternidade. Confirmou-se assim que a
ocasião mais própria para a mulher exercer autoridade é quando ela
vem a ser mãe de filhos. Assim como o marido tem autoridade sobre a
esposa, a esposa também tem autoridade sobre os filhos, e deve usar
essa autoridade para o ensino e edificação de suas crianças no
caminho do Senhor, à medida que ela própria persevera em modéstia
na fé, no amor e na santificação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário