2Ts
2:13-14 –
Devemos
sempre dar graças a Deus por vos ter elegido desde o princípio para
a salvação.
Ser
salvo é ser escolhido: quem
intentará acusação contra os escolhidos de Deus?
É Deus quem os justifica (Rm 8:33). Não
me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós (Jo 15:16; ver
também 1Co
1:24-31). É
ser
tirado da
potestade das trevas,
e transportado
para o Reino do Filho
do amor
de Deus (Cl
1:13).
De fato, se alguém é assim amado do
Senhor (2Ts 2:13),
tem o dever de constantemente render graças pela salvação. Embora
decidida na eternidade, a eleição só se manifesta na ocasião da
conversão do crente, quando o Evangelho vem a ele não
somente em palavras,
mas em
poder e certeza no Espírito Santo, transformando-o
em servo do
Deus vivo
(1Ts
1:4,5,9).
E quanto mais na vida de alguém for nítida a santificação
do Espírito e
a fé
da verdade (2Ts 2:13),
maior ainda será a certeza da salvação e o agradecimento que é
devido a Deus por isso.
2Ts
2:15
- Retende
as tradições que vos foram ensinadas. Não
somos chamados a inventar ritos, doutrinas e costumes.
Justamente as tradições existem com objetivo de proteger as crenças
e costumes recebidos. Falando aos coríntios sobre o conteúdo do
Evangelho, Paulo diz: vos
entreguei o que também recebi (1Co 15:3), quando
fala do modo de celebrar a Ceia, usa termos semelhantes (1Co
11:23).
Ou seja, ele mesmo não inventou nada, está apenas passando adiante
o que lhe foi ensinado. As novidades são características dos ventos
de doutrina,
que carregam os
meninos inconstantes (Ef 4:14).
Tudo que precisamos saber para servir a Deus no Evangelho já foi
revelado, e ninguém pode pregar nada que vá além, sob pena de
maldição (Gl
1:8,9).
Conformemo-nos então naquilo que temos recebido, para que possamos
passar às novas gerações o Evangelho inalterado. Foi por rebeldia
a esse mandamento que as igrejas se afastaram da
simplicidade que há em Cristo (2Co 11:3),
e pelo acréscimo de novas revelações, rituais, doutrinas e
costumes, corromperam o Evangelho. A Reforma foi um movimento de
restauração do Evangelho Bíblico, devemos estar alertas para
novamente não cometer o mesmo erro de acrescentar aos costumes das
igrejas coisas que Deus não ensinou nem ordenou na Sua Palavra.
2Ts
2:16,17 - Nosso Senhor Jesus Cristo...vos confirme em toda a boa
palavra e obra. Diante
do desafio que aquela igreja enfrentava, de permanecer firme na fé,
em face de grande perseguição, Paulo lança seus olhos ao Senhor
Jesus em oração. É Ele quem tem o poder de consolar os nossos
corações e nos confirmar no caminho correto. Nosso Salvador mesmo,
é quem se faz nosso maior incentivo a permanecer na fé e na
prática. NEle está tudo que precisamos, seja consolo, força,
confirmação, perseverança, estabilidade, certeza, ânimo,
paciência, todas
quantas promessas há de Deus, são nEle sim, e por Ele o Amém (2Co
1:20), todas as bênçãos espirituais estão
em
Cristo (Ef 1:3); visto como o Seu divino poder nos deu tudo o que diz
respeito à vida e piedade, pelo conhecimento dAquele que nos chamou
pela Sua glória e virtude (2Pe 1:3). Lancemos
mão, portanto, de tudo que Ele tem para nós, buscando-O para cada
necessidade, pois Ele prometeu: aquele
que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água
que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida
eterna (Jo 4:14).
2Ts
3:1-5.
Rogai por
nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja
glorificada. Os
perigos que os tessalonicenses enfretavam, Paulo também tinha que
encarar. A pregação do Evangelho sempre pode despertar reações
contrárias. E mesmo que não na forma de franca oposição e
ataques, pode ser por impedir a continuidade dos trabalhos, por
omissão, pelo fim de colaborações, pelo fechamento de portas.
Enquanto há muitos sedentos pela Palavra, há também inimigos da
Palavra, que odeiam a Cristo e Seu Evangelho. Os homens dissolutos
e maus,
que não têm a fé, trabalham conscientemente ou inconscientemente
para o Diabo, que não deseja a propagação do Evangelho, e podem
fazer qualquer coisa para impedir a pregação da Palavra. Diante
disso, permanece a arma da oração, pela qual pedimos que o Senhor
nos abra o caminho e a Palavra tenha
livre curso. Não
sabemos todos os empecilhos que poderão se levantar contra o
ministério cristão, mas o Senhor sabe, e tem o poder de retirá-los,
afim de que hajam mais frutos para a Sua glória.
2Ts
3:6-9.
Nem de graça comemos o pão. Na
primeira carta ele já tinha mencionado o problema das pessoas
ociosas. Parece que não foi resolvido, então o apóstolo tem que
voltar ao assunto. Aqui lembra que estando em missão na cidade
deles, ele não usou de sua prerrogativa de apóstolo para ser
sustentado pelos outros, mas quis dar o exemplo de trabalhar para não
ser pesado a
nenhum
deles. Agir diferente, ser uma pessoa improdutiva, que nada realiza,
e a ninguém ajuda, é viver desordenadamente, e fora da tradição.
Deus nos criou como seres trabalhadores, mesmo antes da Queda (Gn
2:15),
Ele
nos ordena aproveitar a vida com trabalho: tudo
quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças
(Ec 9:10), e
para isso deu uma vocação a cada um, capacidades que devem ser
usadas para a glória de Deus e o bem dos outros neste mundo. A
ociosidade é um desperdício dessas capacidades que Deus nos deu.
2Ts
3:10-12;14,15.
Se alguém não quiser trabalhar, não coma também.
Não há uma forma alternativa de sobreviver, nós temos o dever de
trabalhar. Deus não nos chamou para viver desordenamente,
fazendo coisas vãs,
isto é, inúteis.
Toda pessoa consome coisas, e gera um custo de sustento, seja em alimentos, roupas e moradia. É, portanto, ilegítimo, é um abuso viver às custas de outro, sem realizar nenhuma atividade produtiva.
Entretanto, quando dizemos “trabalho”, e “atividade produtiva” não queremos dizer necessariamente um emprego que “dê salário” ou atividade financeira que “dê dinheiro”.
Pode ser uma esposa que cuida da casa e das crianças, pode ser um filho que ainda esteja se dedicando aos estudos, porque essas coisas são úteis, importantes, necessárias e produtivas.
O que não pode é alguém ter uma vida totalmente ociosa, que nada produz, nada realiza, não serve a ninguém, não ajuda a ninguém e ainda ser sustentado. Neste texto bíblico fica bem claro que o ocioso não merece sustento.
A atitude recomendada parece ser dura demais: deixar de lhe dar comida. Mas como o ocioso vai sentir o seu pecado? Enquanto ele for sustentado sem merecer, ele vai continuar na ociosidade, até que alguém o faça sentir o que a sua preguiça merece.
Toda pessoa consome coisas, e gera um custo de sustento, seja em alimentos, roupas e moradia. É, portanto, ilegítimo, é um abuso viver às custas de outro, sem realizar nenhuma atividade produtiva.
Entretanto, quando dizemos “trabalho”, e “atividade produtiva” não queremos dizer necessariamente um emprego que “dê salário” ou atividade financeira que “dê dinheiro”.
Pode ser uma esposa que cuida da casa e das crianças, pode ser um filho que ainda esteja se dedicando aos estudos, porque essas coisas são úteis, importantes, necessárias e produtivas.
O que não pode é alguém ter uma vida totalmente ociosa, que nada produz, nada realiza, não serve a ninguém, não ajuda a ninguém e ainda ser sustentado. Neste texto bíblico fica bem claro que o ocioso não merece sustento.
A atitude recomendada parece ser dura demais: deixar de lhe dar comida. Mas como o ocioso vai sentir o seu pecado? Enquanto ele for sustentado sem merecer, ele vai continuar na ociosidade, até que alguém o faça sentir o que a sua preguiça merece.
Se
alguém não obedecer... não vos mistureis com ele. Já
era a segunda carta em que o apóstolo tem que repreender os
desocupados daquela igreja. Assim como eles não se emendaram, a
igreja tinha que começar a tratá-los diferente. Não podemos ser
coniventes com o pecado, com as pessoas que não se arrependem mesmo
tendo sido exortadas várias vezes. Todavia
não
devia ser tratado como
inimigo, mas
admoestado como
irmão (2Ts 3:15).
2Ts
3:13. Não vos canseis de fazer o bem. Uma
situação tal como esta é desanimadora. Você ajudar alguém que
lhe pareceu estar em necessidade, mas depois percebeu que a pessoa
não quer resolver o problema, mas quer ficar eternamente dependente.
Você se sente explorado e enganado. Foi abusado na sua generosidade.
A tendência é dizer: “também não vou mais ajudar ninguém”.
Mas a Palavra reforça: não nos cansemos de
fazer o bem.
Algumas pessoas podem se aproveitar de nós, e delas nos
afastaremos, mas haverá muitos que realmente precisam da nossa
ajuda, e serão eternamente gratos. Fazemos o bem porque Cristo
mandou: Dá
a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe
emprestes (Mt 5:42).
Então o mandamento permanece, embora tenhamos que agir com critério,
não podemos deixar de ter alguma misericórdia. E temos a promessa
que a
seu
tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido (Gl 6:9).
2Ts
3:16-18. O Senhor seja com todos vós. Nada
pode ser melhor para o crente do que a própria presença de Cristo.
Ela nos dará toda a paz, segurança e felicidade que necessitamos.
Não importará o lugar e a circunstância, com Ele poderemos passar
por qualquer coisa. É isso que o apóstolo deseja para os crentes. E
eles não precisarão de mais nada para enfrentar os seus desafios,
pois Cristo é completamente suficiente. Depois
de haverdes padecido um pouco, Ele mesmo vos aperfeiçoará,
confirmará, fortificará e fortalecerá (1Pe 5:10).
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